Ágora (V) - ainda o referendo
Em Portugal não será possível fazer uma discussão séria e profícua sobre a questão da IVG. Da esquerda sobeja azedume contra a direita "conservadora", da direita vem o mesmo"asco" ante um crime lesa cristandade
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Em Portugal, é difícil acontecer qualquer discussão com um mínimo de regras e, acima de tudo, com bom senso. Neste cantinho da Europa discute-se quase sempre com muita paixão e pouca razão. O que interessa é "falar alto" e deitar abaixo o adversário, mas não necessariamente de uma forma intelectual...
Foi com surpresa que, na Universidade, tomei contacto com o modelo anglo-saxónico de debate e com as debating societies. Então não foi que descobri que era possível debater entusiasticamente, sem interrupções, com respeito quase total pelo tempo e ainda haver oportunidade de discutir com a "plateia".
Voltando ao tema do post, haver uma discussão séria sobre este tema é impossível e o primeiro referendo foi um exemplo claro. Os partidários do NÃO usaram do populismo cristão e pseudo-constitucionalista; os partidários do SIM usaram do populismo esquerdalho da humilhação dos julgamentos, do exemplo do resto da Europa, do ataque à Igreja e dos católicos e da raiva anti-direita.
O que quer esquerda, quer direita não querem saber é que isto não é uma questão de direita ou esquerda, mas uma questão pessoal - de CADA CIDADÃO, em particular. O que eles não querem saber é que as discussões histéricas só afastam eleitores das urnas e que apenas as trincheiras do debate ficam mais fundas, mais afastadas e incomunicáveis.
Para poupar os portugueses a este espectáculo triste que se adivinha, proponho que o PS avance com uma proposta em AR e eles que a discutam com as suas comissõezinhas no parlamento e votem livremente, sem imposições partidárias, como bem entenderem. Mas poupem-nos o debate, que não sabem ter e que não merecem.
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Em Portugal, é difícil acontecer qualquer discussão com um mínimo de regras e, acima de tudo, com bom senso. Neste cantinho da Europa discute-se quase sempre com muita paixão e pouca razão. O que interessa é "falar alto" e deitar abaixo o adversário, mas não necessariamente de uma forma intelectual...
Foi com surpresa que, na Universidade, tomei contacto com o modelo anglo-saxónico de debate e com as debating societies. Então não foi que descobri que era possível debater entusiasticamente, sem interrupções, com respeito quase total pelo tempo e ainda haver oportunidade de discutir com a "plateia".
Voltando ao tema do post, haver uma discussão séria sobre este tema é impossível e o primeiro referendo foi um exemplo claro. Os partidários do NÃO usaram do populismo cristão e pseudo-constitucionalista; os partidários do SIM usaram do populismo esquerdalho da humilhação dos julgamentos, do exemplo do resto da Europa, do ataque à Igreja e dos católicos e da raiva anti-direita.
O que quer esquerda, quer direita não querem saber é que isto não é uma questão de direita ou esquerda, mas uma questão pessoal - de CADA CIDADÃO, em particular. O que eles não querem saber é que as discussões histéricas só afastam eleitores das urnas e que apenas as trincheiras do debate ficam mais fundas, mais afastadas e incomunicáveis.
Para poupar os portugueses a este espectáculo triste que se adivinha, proponho que o PS avance com uma proposta em AR e eles que a discutam com as suas comissõezinhas no parlamento e votem livremente, sem imposições partidárias, como bem entenderem. Mas poupem-nos o debate, que não sabem ter e que não merecem.
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